São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 1994 |
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Chatice reina nas quadras
THALES DE MENEZES
Quando aquele alemão maluco esfaqueou Seles em abril do ano passado no Torneio de Hamburgo, ele conseguiu seu intento. Fã de Steffi Graf, ele queria tirar Seles do caminho de sua musa. Foi isso que aconteceu e, pior, por muito mais tempo do que se esperava. O atentado ocorreu num momento em que Seles estava começando a consolidar superioridade sobre a rival. Dos seis últimos torneios de Grand Slam até então, Seles tinha vencido cinco. Perdeu na grama de Wimbledon para Graf, na única superfície em que demonstra pouca adaptação. Agora, depois do afastamento, o retorno de Seles é uma incógnita. A questão já não é quando Seles retorna, e sim como Seles voltará às quadras. Para piorar, Graf está jogando como nunca. Parece que a ausência de Seles aumentou sua responsabilidade. Ela sabia que tinha a obrigação de vencer. O backhand, seu golpe mais fraco, melhorou muito nos últimos torneios. Antes, Sabatini e Sanchez conseguiam equilibrar alguns jogos contra a alemã. Hoje... bem, a final de Melbourne diz tudo. Enquanto todos esperam pelo retorno de Seles, esquecem de uma coisa: mesmo com as duas, a chatice deve continuar. A tranquilidade que Graf teve para chegar à final de Melbourne, Seles teria na outra ponta da chave. Ambas passariam como um trator pelas adversárias. Numa chave de 127 partidas, ter uma só que vale a pena ainda seria muito pouco. (Thales de Menezes) Texto Anterior: Tenista rejeita outro título Próximo Texto: Pippen refuta qualquer comparação a Jordan Índice |
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