São Paulo, segunda-feira, 3 de outubro de 1994
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Buarque prega ajuda acadêmica

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cristovam Buarque, 50, candidato do PT ao governo do Distrito Federal e ex-reitor da UnB (Universidade de Brasília), pretende implantar mudanças sociais a partir da produção acadêmica. ``Imaginamos a universidade como uma grande assessora", diz.
A seguir, os principais trechos da entrevista concedida à Folha.
Folha - Em que medida o sr. acha que a produção universitária pode ajudar a reverter o quadro de miséria, desemprego e violência no DF?
Cristovam - Nós temos uma quantidade de pessoas de nível superior que vai poder colaborar na solução dos problemas sociais. O programa de educação que temos exige a universidade –na alfabetização de adultos, na reciclagem e formação de professores etc. O problema de saúde exige a universidade, ajustando inclusive o curso universitário às formas alternativas que vamos implantar no setor. Precisamos também de mão-de-obra qualificada, visando o desenvolvimento com indústrias geradoras de emprego para população carente e nas áreas técnicas de ponta. Imaginamos a universidade como uma grande assessora.
Folha - A candidata do PSDB ao governo, Maria de Lourdes Abadia, disse que apoiará o sr. caso ela não passe para o segundo turno. O sr. gostaria de ver também FHC em seu palanque?
Cristovam - Não imagino ver o FHC em meu palanque.
Folha - Como o sr. vê o futuro do PT, independentemente de o partido sair vitorioso ou não.
Cristovam - O PT está vivendo três gerações. Primeiro, foi a geração do heroísmo, da resistência à ditadura. A segunda foi a das reivindicações. Agora, chegou a hora de uma geração das propostas. Haverá uma separação clara entre sindicato e partido.

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