São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Mário Covas, 38%, e Rossi, 17%, devem fazer segundo turno em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 11/10/94

A legenda desta foto está errada. Mário covas está no comitê, em Pinheiros, e não votando.
A eleição para o governo de São Paulo deve ser decidida no segundo turno entre o candidato do PSDB, Mário Covas, e Francisco Rossi, do PDT, segundo pesquisa Datafolha de boca-de-urna.
A pesquisa aponta que Mário Covas tem 38% dos votos. Francisco Rossi ficou com 17%. José Dirceu, do PT, fica em terceiro, com 13% dos votos.
Rossi e Dirceu ficam dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais.
Covas teve votação de cinco pontos percentuais a menos do que a soma de seus adversários. A margem de erro da pesquisa de boca-de-urna é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
O candidato do PMDB, Barros Munhoz, chega a 9% na votação.
Covas pode ter deixado escapar a vitória ainda no primeiro turno na reta final da campanha. Em quatro meses, o líder das pesquisas caiu 22 pontos.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada no dia da eleição, Covas aparecia com 42% das intenções de voto, mesmo índice da soma de seus adversários.
Em segundo lugar, o pedetista Francisco Rossi, ficava com 16%.
Covas
Após votar na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) Mário Covas seguiu para local não divulgado. Ele só pretende voltar à cena na próxima sexta-feira.
Criar possibilidades para geração de empregos e sanear as finanças do Estado devem ser os fundamentos do próximo governo na opinião de Mário Covas (PSDB).
Para sanear a dívida do Estado, que chega hoje a US$ 31 bilhões segundo dados não-oficiais, Covas não descarta privatizações, parcerias com a iniciativa privada e cortes na máquina estatal.
Sobre seu secretariado, Covas afirma que indicaria pessoas entrosadas com suas propostas.
Rossi
O candidato do PDT ao governo de São Paulo, Francisco Rossi, 54, passou o dia de ontem posando como a ``maior surpresa" das eleições deste ano. Está convicto de que irá disputar o 2º turno.
Rossi votou às 11h20 no colégio Marechal Bittencourt, em Osasco (Grande São Paulo).
Em Osasco, Rossi revelou que está em crise com o seu partido. Ele lamentou a falta de apoio da direção nacional do PDT à sua candidatura. ``Já faz um mês que não converso com ele (Brizola)."
Rossi disse que só votou em Brizola por uma questão ``ética".
Barros Munhoz
Barros Munhoz, do PMDB, votou ontem pela manhã em Itapira (170 quilômetros ao norte de São Paulo).
Tuma e Munhoz acompanharam a votação de Fleury no Colégio Objetivo da avenida Paulista.
Durante todo o dia o candidato repetiu que estaria no segundo turno das eleições estaduais.
José Dirceu
O deputado federal José Dirceu, 48, candidato pela coligação PT, PSB, PC do B, PPS, PSTU, PCB, PMN, votou ontem às 9h35 na Universidade Ibirapuera, em Moema (zona sul).
José Dirceu, que recebeu 13% dos votos, segundo o Datafolha, diz acreditar no segundo turno.
Outros candidatos
Concorreram também ao governo do Estado Luiz Antônio de Medeiros (PP-PPR), Eduardo Antonio Ramanini Resstom (PSC), Ciro Tiziani Moura (PRN) e o brigadeiro Álvaro Soares Dutra, candidato pelo Prona.

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