São Paulo, quarta-feira, 5 de outubro de 1994
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ABL levou 49 anos para editar dicionário

DA REPORTAGEM LOCAL

A Academia Brasileira de Letras (ABL) começou a preparar um dicionário após uma sugestão, feita em 1910, pelo acadêmico Mário de Alencar. A obra, assinada por Antenor Nascentes, ficou pronta em 1959.
O então presidente da Academia, Austragésilo de Athayde (1898 - 1993), que fora eleito ano anterior e permaneceu no cargo até sua morte, explica no prefácio da obra em quatro volumes, publicada em 1959, o porquê da demora.
Segundo ele, a tradição das academias de letras em todo mundo sempre foi a de não se preocupar com o tempo de elaboração.
A Academia della Crusca italiana, a mais antiga academia de letras existente, fundada em 1582, levou 30 anos para concluir seu dicionário. A francesa, criada em 1635, 61 anos. A Real Academia Espanhola levou 13 anos.
Athayde contou o tempo a partir da proposta original. Os estatutos da ABL não previam a elaboração de um dicionário ``brasileiro". Se tivesse usado a ano de fundação da ABL, 1897, teria tido mais problemas ainda para explicar a demora.
Antenor Nascentes
O ``Novo Dicionário da Língua Portuguesa", de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, tem aproximadamente 100 mil verbtes. O dicionário de Caldas Aulete, cuja primeira edição saiu no final do ano passado em Portugal, cerca de 240 mil verbetes.

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