São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994
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Maior derrotado nos Estados é o PFL

PT, PDT e PSDB crescem mais

CLÓVIS ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL é o maior derrotado das eleições estaduais de 1994, pelo menos de acordo com o cômputo oficial até 19h: não elege um único governador no primeiro turno e vai ao segundo turno, com certeza, em somente três Estados.
Há ainda a chance de disputar o turno final em um quarto Estado (Goiás), no qual seu candidato, Ronaldo Caiado, está menos de um ponto percentual atrás da segunda colocada, a pedetista Lúcia Vânia.
Em 1990, o PFL elegeu nove governadores, mais do que o dobro do que pode fazer este ano, na melhor das hipóteses.
Esse magro resultado tende a influenciar na definição das linhas do governo Fernando Henrique Cardoso, à medida em que o PFL fez parte da coligação que o elegeu.
O outro partido coligado, o PTB, também está tendo desempenho discretíssimo no pleito estadual. Não ganhou em Estado algum no primeiro turno e disputará o segundo em três, dois deles extremamente periféricos (Amapá e Roraima).
O fracasso de seu candidato presidencial, Orestes Quércia, não impediu o PMDB de se manter como o partido de melhor desempenho quantitativo: estava elegendo três governadores já no primeiro turno e em condições de disputar o segundo em oito Estados.
Em 1990, o PMDB elegeu sete governadores.
Mas, qualitativamente, o partido perde. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral, governado por peemedebistas desde as eleições de 1982, o PMDB não vai sequer participar do segundo turno.
O único Estado importante politicamente a ser governado pelo PMDB seria o Rio Grande do Sul, embora ainda haja hipótese de um segundo turno (contra o PT).
PSDB, PT e PDT são os partidos que, no plano estadual, apresentam maior crescimento, na comparação com 90.
O PT jamais teve um governador e, agora, vai ao segundo turno em pelo menos dois Estados (Espírito Santo e Distrito Federal). Pode ir também no Acre e no Rio Grande do Sul.
O PSDB, que até agora só governou o Ceará, repete a dose nesse Estado e vai ao segundo turno em seis outros. Entre eles, os três maiores colégios eleitorais (SP, MG e RJ, pela ordem).
O PDT, que elegeu três governadores em 1990, agora já fez dois no primeiro turno (MT e PR) e disputará o segundo turno também em seis, entre eles SP e RJ.
O PPR do prefeito paulistano Paulo Maluf recupera-se do desastre de 1990, ano em que não elegeu governador algum. Agora, já elegeu dois governadores (AM e TO) e concorrerá, no segundo turno, em quatro (AC, MA, PA e SC).

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