São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994
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França define o projeto do estádio para o Mundial-98

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

O primeiro-ministro da França, Edouard Balladur, designou ontem os arquitetos Michel Macary, 58, e Aymeric Zubléna, 58, como vencedores do concurso para o Grand Stade, sede da final da Copa de 98.
O estádio, para 80 mil pessoas, custará 1,9 bilhão de francos (cerca de US$ 360 milhões) e tem que estar pronto até dezembro de 1997.
``Foi a escolha certa. O estádio é muito bonito, doce, harmonioso", opinou Michel Platini.
O ex-jogador, o maior da história do futebol francês, é o co-presidente do Comitê Organizador da Copa.
O Grand Stade será construído em Saint-Denis, cidade da periferia de Paris. Nele, o Brasil deverá fazer o jogo de abertura da Copa do Mundo.
A obra já nasce sob a ameaça de dar prejuízo. Não há público de futebol na França para encher um estádio tão grande.
Para tornar o Grand Stade lucrativo, será preciso usá-lo para outros esportes ou shows -ou como sede dos Jogos Olímpicos de 2004.
``Na França, ao contrário do Brasil, nem sempre os estádios estão cheios", explicou à Folha Macary, mostrando pouco conhecimento do futebol brasileiro.
Nos dias de jogos sem público, um sistema de telas, bandeirolas e jogos de luz vai esconder a parte vazia das arquibancadas.
A maior ousadia arquitetônica do projeto é o anel que cobre as arquibancadas –um disco elíptico sustentado por 20 finas colunas de aço de 43 m de altura, dando ao estádio um ar de disco voador.

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