São Paulo, sábado, 8 de outubro de 1994
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Laudo do IML confirma depoimento

JAIME AVENDANO
DA FOLHA VALE

O IML (Instituto Médico Legal) concluiu ontem o laudo dos corpos das três vítimas que teriam sido mortas pelo estudante Gustavo Pissardo em São José dos Campos.
O laudo deverá ser entregue na segunda-feira ao delegado Luiz Ailton Vallias Borges, encarregado do inquérito.
O chefe do IML, José Roberto Zagatto, 42, disse que o depoimento de Pissardo confirma as conclusões apresentadas no laudo.

Isopor
Zagatto afirmou que o isopor usado na hora dos crimes não atrapalhou a perícia. ``O isopor era muito fino para impedir o chamuscamento da pele provocado pelos tiros."
Pissardo afirmou no depoimento que teria usado o isopor para abafar o som dos tiros.
A irmã de Pissardo, Maria Paula, morreu com dois tiros no lado direito da cabeça, acima da orelha.
Os dois tiros foram dados com o cano do revólver encostado na cabeça da vítima.
A mãe, Adelaide, morreu com um tiro no centro da cabeça. Nos dois casos as vítimas estavam deitadas.
Os tiros foram disparados de cima para baixo e não houve resistência.
O pai, Gumercindo, morreu no corredor da casa com um tiro na nuca, entre o crânio e o pescoço, ao tentar fugir.
``Os tiros foram precisos e tinham a clara intenção de eliminação total das vítimas", disse Zagatto.
Segundo o delegado André Tarantelli, da Polícia Científica, o laudo sobre o exame do local dos crimes deverá estar pronto dentro de sete ou dez dias.

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