São Paulo, sábado, 8 de outubro de 1994
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Disfarce ajudou a prender bicheiro

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Luiz Antonio Rebello já utilizou o estratagema do disfarce em mais de 400 prisões que realizou nos dez anos que trabalhou na Corregedoria da Polícia Civil, de onde saiu em 93.
Ele usou disfarce para prender o bicheiro Ivo Noal, em 91. ``Minha equipe se disfarçou de gari e ficamos limpando a calçada de um escritório onde ia passar o filho de Noal. Ele chegou e nós o seguimos até onde o bicheiro estava escondido e o prendemos", lembra.
No armário do escritório de Rebello há uma caixa cheia de disfarces. Ele já foi médico, gari, operário, mendigo e garçom.
Em uma das ações, ele prendeu um militar da reserva que estava extorquindo um hospital. ``Usei meu disfarce de médico: esperei a pessoa pegar o dinheiro da corrupção, colocar no bolso e então me apresentei para prendê-lo", diz.
Rebello é o único delegado de São Paulo que usa disfarces constantemente como instrumento de trabalho.
O delegado afirma que usou os disfarces porque Gaspar e Silva são conhecidos no bairro como matadores perigosos, contratados por comerciantes que têm suas lojas assaltadas. ``Tivemos que surpreendê-los", diz.
``É difícil provar que uma pessoa é matadora. Quando eles matam um bandido ninguém quer ser testemunha, mas esses dois mataram inocentes e foram pegos", diz. Os dois tiveram prisão temporária decretada.
(LHA)

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