São Paulo, sábado, 8 de outubro de 1994
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Preços caem 1,26% nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A primeira semana de outubro foi um período de baixa dos preços nos supermercados. A ameaça de retirar os descontos por parte das indústrias não se confirmou e os preços estão flutuando conforme as promoções dos supermercados.
Na primeira semana do mês, pesquisa do Datafolha registrou queda de 1,26%, em média, nos supermercados de São Paulo, enquanto nos hipermercados a redução foi de 0,27%.
Já pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostrou elevação de 1,44% em média nos preços praticados pelas lojas na primeira semana de outubro. A puxada dos preços ocorrreu devido à alta de 4% nos alimentos.
O Procon também mostrou elevação dos preços na semana. O custo da cesta básica subiu 2,2%. O mesmo ocorreu com a pesquisa do Datafolha, que registrou aceleração de 1,39% no custo da cesta básica no período.
Apesar da tendência de queda dos preços nos supermercados, Firmino Rodrigues Alves, presidente interino da Associação Paulista de Supermercados, diz que ainda há focos de pressão. Entre eles, cita feijão, carne e mozarela.
A situação mais complicada é a da carne, segundo Rodrigues. Os preços do mercado interno estão defasados e a importação não resolve porque os praticados no exterior são maiores. O produto mantém tendência de alta, mas não registrará o ritmo de setembro, quando subiu 28%.
Os paulistanos também estão pagando mais caro pelo feijão. A alto do produto, no entanto, não está se sustentando e os preços recuaram no atacado.
O presidente da Apas prevê queda também no preço da mozarela. Após forte aceleração nas últimas semanas, os preços podem cair com a importação. Os valores praticados no mercado externo são 50% menores, afirmou.
O maior aumento de preço nos supermercados foi para o feijão, que passou a custar 14,95% mais. As carnes bovinas vieram a seguir, com aumentos de 5,84% (coxão duro) a 10,4% (acém).
Já as principais reduções foram para o queijo ralado (9,36%), tomate (7,26%) e açúcar (6,6%).

Ração
Como já havia ocorrido em agosto, em São Paulo foi apurado o maior custo para a ração essencial mínima em setembro, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
A ração mínima em São Paulo custou em setembro R$ 83,43 (7,76% de variação mensal), Florianópolis vem logo a seguir com custo de R$ 82,52 (7,73% de variação mensal).

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