São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Greenpeace vai fazer protestos na Amazônia

ABNOR GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O Greenpeace, uma das maiores entidades ambientalistas do mundo, inicia amanhã uma viagem de 30 dias na Amazônia, a bordo do navio ``MV Greenpeace".
Equipado com helicóptero e comunicação por satélite, o navio será usado pelos ativistas para promover ações de protesto contra o corte predatório da floresta.
Em Santarém (700 km a oeste de Belém), o Greenpeace deverá anunciar a lista das empresas que comercializam mercúrio para uso nos garimpos da Amazônia, causando danos ambientais.
O coordenador da Campanha de Florestas do Greenpeace no Brasil, José Augusto Pádua, disse que a viagem servirá também para visitar projetos bem-sucedidos de preservação ao meio ambiente na região.
A primeira experiência bem-sucedida a ser visitada será a reserva extrativista do Cajari, no município de Mazagão (sul do Amapá). Outra é Gurupá (norte do Pará), onde trabalhadores fazem o corte racional da floresta.
O navio ``MV Greenpeace" deverá percorrer cerca de 3.000 quilômetros pelos rios Amazonas e Negro. A viagem faz parte da campanha mundial em defesa das florestas, iniciada em maio passado na Sibéria. Os ativistas foram ao Alasca, Canadá, Estados Unidos, América Central e Guiana.
Um dos integrantes da viagem é o coordenador da Campanha de Preservação de Florestas, William Barclay. Ele disse que a entidade está preocupada não só com a Amazônia, mas também com as florestas boreais e temperadas que continuam a ser devastadas, inclusive no Primeiro Mundo.
Barclay disse que as madeireiras asiáticas estão chegando na Amazônia depois de terem destruído as florestas tropicais. Ele disse que constatou a presença das madeireiras na Guiana (ex-colônia inglesa).

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