São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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O anjo regenerado

MARISA ADÁN GIL

Rock star mais idolatrado do Brasil, o cantor e compositor Renato Russo deixa o inferno, atinge o purgatório e busca o paraíso. Rompeu com o vício e com as brigas de amor. De namorado novo e disco solo, avisa a legião de fãs: "Chega de glorificar a relação entre drogas e rock".
Hoje à noite, Renato Russo sobe ao palco do Metropolitan, no Rio, para o último show do Legião Urbana por um longo tempo. A partir de amanhã, ele troca o furor do público pela frieza do estúdio –onde se entrega às composições que os fãs do grupo só vão conhecer em 95. Nesse meio tempo, será possível ouvir sua voz entre uma tramóia e outra de Vera Fischer, a malvada do folhetim de Gilberto Braga. Foi o próprio Gilberto quem escolheu ``Send In The Clowns" –do primeiro disco solo do vocalista, ``The Stonewall Celebration Concert"– para a trilha de ``Pátria Minha". Reconhecimento tardio (mas bem-vindo) de um trabalho até então ignorado por rádio e TV.
94 foi um grande ano para Renato Russo. Sentado numa lanchonete a algumas quadras da sua casa, em Ipanema, ele é todo sorrisos. Voz doce, revela detalhes de sua carreira ou vida íntima, lembra dos flertes com a morte. O maior motivo da alegria: neste ano, o mais amado rock star brasileiro emergiu de um inferno regado a álcool e drogas.

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