São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 1994
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Líderes do PSDB rejeitam apoio de Fleury

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

A adesão informal de lideranças do PMDB à candidatura de Mário Covas (PSDB) no segundo turno da sucessão estadual começa a preocupar a cúpula da campanha tucana no Estado.
Prefeitos e integrantes da campanha tucana dizem acreditar que a rejeição ao governo Luiz Antonio Fleury Filho e ao ex-governador Orestes Quércia, esboçada nas urnas no primeira turno, poderia ser transferida para Covas.
Os tucanos vêem com simpatia a adesão das bases peemedebistas, principalmente no interior do Estado, mas pretendem eliminar qualquer vinculação com o grupo de Fleury e com o quercismo.
Por essa avaliação, o primeiro turno deixou claro que o eleitorado quer eliminar qualquer tipo de continuísmo no governo estadual. O PMDB está no poder em São Paulo há 12 anos.
A avaliação tucana não é admitida oficialmente para não prejudicar a aproximação entre o PSDB e o PMDB, visando a formação de um bloco de sustentação ao governo de Fernando Henrique Cardoso no Congresso Nacional.
O presidente do partido e governador eleito do Ceará, Tasso Jereissati, e o vice de Covas, Geraldo Alckmin, por exemplo, elogiam a aproximação do PMDB.
Depois de participar do encerramento da ``Semana Ulysses Guimarães", Jereissati disse que ``a figura de Ulysses sempre inspirou a idéia de somar, de diálogo. Se for por aí, a sua figura pode inspirar um aumento no diálogo entre PMDB e PSDB".
O próprio Covas, porém, é um pouco mais explícito. Ao comentar o rompimento entre Fleury e o ex-governador, o candidato tucano disse que não persegue e não pretende ter o apoio de Orestes Quércia. Anteontem, Fleury disse que ``o caminho que o (Orestes) Quércia vai seguir é o caminho de Quércia e não será nunca o meu".

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