São Paulo, sábado, 15 de outubro de 1994
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Scartezzini é contra recontagem

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

Na condição não-oficial de interventor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na apuração do Rio, o corregedor Cid Flaquer Scartezzini, 64, disse ontem ser contra a recontagem geral de votos e a favor da informatização de todo o processo eleitoral.
Abaixo, trechos da entrevista concedida ontem à Folha.
Folha – O que fazer para acabar com as fraudes?
Scartezzini – Temos de entrar na era da informática completa. Se quem entra na cabine de votação aperta um botão não tem fraude.
Folha – Será possível informartizar o processo já em 96?
Scartezzini – Não sei. Depende da situação financeira do país.
Folha – Por que o Rio está demorando tanto?
Scartezzini – O problema de fraudes foi muito grave. Mas nada disso acontecerá no segundo turno. Vai ser o primeiro Estado a concluir a apuração.
Folha – Pode haver recontagem geral dos votos?
Scartezzini – Pessoalmente, acho não ser necessário. Às vezes, há problemas de paixões políticas, políticos frustrados que começam a achar que houve falhas.
Folha – Há a suspeita de juízes envolvidos em fraudes?
Scartezzini – Aqui não há corporativismo. Se algum juiz for apanhado, responderá por isso.

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