São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Covas faz blitz entre formadores de opinião
CARLOS MAGNO DE NARDI
Os alvos serão sindicalistas, empresários, partidos políticos e lideranças do interior. Quatro pessoas de confiança e simpatia de Covas receberam a atribuição de conquistar apoio em suas áreas de atuação: o ex-ministro do Trabalho Walter Barelli (sindicatos), Geraldo Alckmin (partidos), Emerson Kapaz (empresários) e o ex-deputado Robson Marinho (lideranças do interior). Velho defensor de uma aliança entre PSDB e PT e com bom trânsito entre entidades de classe, Barelli comandou esta semana uma tentativa de aproximação com líderes sindicais. No primeiro turno, ele foi o responsável pela adesão de 40 líderes sindicais da Baixada Santista, do interior e da capital. Para o segundo turno, o alvo principal do ex-ministro é o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho. Barelli e Vicentinho se reuniram na última segunda-feira mas não houve acordo. Avesso a declaração de apoio antes de uma decisão oficial do partido ao qual é filiado, o PT, Vicentinho tem evitado falar sobre o assunto. ``Tenho que aguardar uma deliberação do partido." O sindicalista e amigo de Luiz Inácio Lula da Silva, porém, tende a apoiar o candidato tucano. Outra frente de negociação é liderada pelo empresário Emerson Kapaz. Desde a última quarta-feira, ele vem discutindo com empresários o lançamento de um manifesto pró-Covas. O documento pode ser lançado ainda esta semana. Segundo Kapaz, a proposta de governo de Covas prevê participação ativa da sociedade através da criação de fóruns de discussão entre governo e entidades representativas. ``É dentro dessa proposta que temos tentado atrair os mais diversos setores da sociedade". O vice na chapa tucana e presidente estadual do PSDB, Geraldo Alckmin, comanda as aproximações com os partidos políticos que ficaram fora do segundo turno. Na segunda-feira passada, procurou o presidente estadual do PT, Arlindo Chinaglia, para agendar encontro entre representantes dos dois partidos. A partir de amanhã, Alckmin começa a articular o apoio de peemebistas e integrantes do PPR. ``Não excluimos ninguém das conversações." O coordenador político da campanha, Robson Marinho, foi o encarregado de ampliar a base de apoio no interior do Estado. Ex-prefeito de São José dos Campos, Marinho pretende promover até o início de novembro uma série de encontros com lideranças do interior e garantir a adesão de prefeitos do PMDB. Texto Anterior: Rossi `vende' falta de plano como virtude Próximo Texto: José Dirceu vai ser advogado Índice |
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