São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994 |
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HC tem 44 atendidos em maca na madrugada
PAULO FERRAZ
A Folha acompanhou o plantão do Pronto-Socorro do HC em São Paulo –o maior do Estado e um dos maiores do país– entre 22h da última sexta-feira e 6h de sábado. Segundo o médico Fernando Buischi, 40, cirurgião do pronto-socorro e responsável pelo Plantão Controlador, o movimento registrado entre as 22h de sexta-feria e 6h de sábado "foi muito fraco". Uma placa afixada no portão de entrada, na noite de sexta-feira, informava: "Pronto-Socorro lotado. 47 pacientes sem leito". Na verdade, o número de pacientes atendidos em macas era 76. Só nos corredores, às 4h de sábado, havia 44 pacientes –18 no PS de Clínicas Médica e 26 no PS de Clínica Cirúrgica. Os três casos mais sérios foram um atropelamento com fratura de perna, um tiro na perna e uma queda de moto com escoriações. A lotação do pronto-socorro, segundo Buischi, é provocado por uma "tentativa de administrar o caos da saúde pública". Os doentes atendidos no PS, segundo Buischi, deveriam permanecer no local apenas o tempo suficiente para receberem atendimento de emergência. Depois, seriam dispensados ou encaminhados aos serviços especializados. Por falta de vagas nos serviços especializados, pacientes permanecem "internados" por longos períodos no pronto-socorro. É o caso de Juvenil Lima dos Santos, 45, um dos 44 doentes que estavam nos corredores do PS na madrugada do sábado. Ele foi encontrado desmaiado em uma rua de Santana e levado ao PS do Hospital das Clínicas no dia 30 de setembro. Até as 6h de sábado, ele permanecia em uma maca recebendo tratamento. Texto Anterior: CONHEÇA MAIS SOBRE A LIPOASPIRAÇÃO Próximo Texto: Médico desenha os casarões do século 19 ; A FRASE ; O NÚMERO ; Banco de Olhos recebe prêmio por campanha ; Exame evita lesão nos pés dos diabéticos ; Perda de memória por batida tem explicação Índice |
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