São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994 |
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Cartão de crédito fatura US$ 1 bi em setembro
KATIA MILITELLO
O boom dos cartões não reflete uma explosão de consumo. Desde o real, o ``dinheiro de plástico" roubou a cena e deixou para trás a prática dos cheques pré-datados. Nilton Volpi, presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), credita ainda o salto dos cartões ao crescimento da adesão de estabelecimentos comerciais. Segundo cálculo da Abecs, desde a fase da URV até agora foram agregadas mais de 50 mil lojas, elevando para 300 mil o número de estabelecimento que aceitam um ou mais cartões. Os consumidores também se animaram. Os bancos e administradoras emitem em média 100 mil cartões a cada mês. Nilton Volpi estima que o setor chegue ao final de 94 com 9,7 milhões de cartões, ou 14,1% a mais que em dezembro de 93. De abril a junho deste ano, foi registrada uma queda de 55,8% no número de transações. No primeiro semestre deste ano, o volume de transações alcançou US$ 2,52 bilhões. Isso é 8% menos que no mesmo período de 93. Mas a tendência de crescimento verificada com a chegada do real deve se manter até o final do ano. Volpi lembra que em novembro começa a movimentação para o Natal. Em dezembro, a tradição mostra que o uso de cartão cresce entre 30% e 40%. ``Mantido o ritmo, podemos chegar a US$ 1,5 bilhão em dezembro", afirma Volpi. O Bradesco também comemora o crescimento do mercado.``Esperamos fechar o ano com crescimento entre 40% e 45% no volume de negócios", diz Márcio Santos Souza, diretor do banco responsável pela área de cartão de crédito. Em 93, os cartões Bradesco/Visa movimentaram US$ 1,31 bilhão, ou 22% mais do que em 92. O Credicard Mastercard também cresceu. Passou de 4,5 milhões de transações em junho para 12 milhões em setembro. Afinidade Encarada como alavanca do crescimento do setor, desponta com força no mercado uma nova geração de produtos, batizada de cartões de afinidade. Os primeiros lançados foram os associados a times de futebol. O Bradesco/Visa, por exemplo, líder nesse nicho, já emprestou a sua marca para 66 clubes de futebol. Segundo Márcio Souza, o banco fechou contrato com 146 grupos ou entidades para o filão dos cartões de afinidade. Já lançou 79. Texto Anterior: Pela ética na OAB - 1 Próximo Texto: Afinidade vai puxar o setor Índice |
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