São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994 |
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Lei defende bem-estar animal na Europa
BRUNO BLECHER
A campanha é assinada pela ``Freedom Food", organização que lançou um selo de garantia para as carnes politicamente corretas, isto é, produzidas por fazendas e frigoríficos que garantem bem-estar aos animais durante a criação e o abate sem sofrimento. ``Este movimento está crescendo e conseguiu influenciar governos de vários países e até a União Européia (UE)", diz o médico-veterinário Adroaldo Zanella, pesquisador do Instituto de Veterinária de Munique, na Alemanha. Inglaterra, Suíça, Suécia e Alemanha já aboliram as celas de gestação para as fêmeas suínas e a partir de 2.008 a proibição será estendida a todos os países da UE. Outras normas aprovadas pela UE garantiram maior conforto aos animais durante o transporte em caminhões e ``containers", como ventilação e espaço adequados. A tendência é de que a UE imponha sua legislação de bem-estar animal também aos seus fornecedores de carnes. Diretiva recente da UE considera obrigatória a adequação dos países exportadores à legislação européia. Com o avanço das pesquisas sobre bem-estar animal, o movimento, que nasceu com espírito ``humanitário", ganhou também uma vertente econômica. ``O estresse dos animais, consequência de maus tratos na fazenda, superlotação no transporte ou abate cruel, deprecia a qualidade da carne", diz Zanella. A carne de suínos submetidos a estresse prolongado, segundo ele, apresenta coloração pálida e qualidade inferior. Com o estresse, os animais perdem o poder de retenção de água e liberam hormônios que alteram as características da carne. LEIA MAIS Sobre bem-estar animal na pág. 2 Próximo Texto: Trigo; Recorde nos EUA; Milho cresce mais; Novo papel; Correção pelo câmbio; Publicidade; Menos suco; Missão no Sul; Suínos na Europa; Prêmio Índice |
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