São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994 |
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TRE do Rio decide recontagem de votos
SILVIA NORONHA
A revisão é dada como certa porque a maioria dos juizes do TRE é favorável. De um total de sete membros, Carvalho diz que ele e outros três seriam a favor. ``A recontagem terá que ser feita, não sei se parcial ou total. Não podemos ter resultados que não correspondam à verdade", disse. O desembargador, que acumula o cargo de presidente da Comissão de Apuração no Estado, afirmou que, ``diante dos absurdos" verificados durante a contagem de votos, a revisão se justifica. Ele disse ser favorável à recontagem parcial, mas que a decisão final, que pode ser a anulação da apuração, será do TRE. ``O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estava com razão de pressionar", disse, referindo-se à ida ao Rio do corregedor-geral eleitoral Cid Flaquer Scartezzini. O corregedor do TSE esteve no Rio até anteontem acompanhando a apuração. Carvalho disse que não pode admitir qualquer dúvida sobre o trabalho de apuração. O desembargador afirmou que esta semana vai fazer um relatório final sobre o primeiro turno no Rio. Após a divulgação do relatório, os partidos terão três dias para analisar os dados e dois dias para apresentar pedidos de recontagem. Carvalho disse que o Tribunal deverá decidir sobre a questão em 15 dias. Mas que a recontagem poderá ser feita depois da realização do segundo turno das eleições. O corregedor eleitoral do TRE, juiz Paulo César Salomão, disse que todos os partidos já entraram com pedidos de recontagem. Salomão disse que pretende fazer uma análise minuciosa, com atenção aos índices de votos brancos, nulos e de abstenção. ``Se esses índices estiverem abaixo da média é sinal de fraude", afirmou. O juiz da 25ª Zona Eleitoral, (Santa Cruz, zona oeste), Luiz Fux, é contra a recontagem de votos apurados na sua região. ``Recontar seria jogar fora um trabalho beneditino que eu fiz", afirmou. Texto Anterior: Ciro diz que pode elevar juro para "salvar" plano Próximo Texto: PF libera suspeitos e gera crise Índice |
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