São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 1994
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Tomografia revela causa de morte após 3.000 anos

Complicações de uma cárie de 2,5 cm matou egípcia

DA REDAÇÃO

As complicações de um abscesso de 2,5 centímetros em um dente foram a causa da morte de uma mulher que viveu há cerca de 3.000 anos em Tebas, no Egito.
Especialistas acreditam que a mulher, que morreu quando tinha aproximadamente 35 anos, era uma sacerdotisa.
Ela viveu por volta de 850 a.C e deve ter pertencido à 22ª dinastia egípcia, segundo especialistas do museu.
Uma equipe de arqueólogos do Museu Real de Ontário, Canadá, usou a técnica da tomografia computadorizada tridimensional, que permitiu uma visão do crânio da múmia de vários ângulos.
Os cientistas, do Hospital de Doenças Infantis de Toronto, observaram que a múmia tinha perdido o molar superior esquerdo. No local do dente caído, eles constataram um grande buraco no osso.
As imagens do tomógrafo mostraram que o osso estava "inchado" como resultado de uma infecção. Os cientistas não encontraram nenhum outro sinal de doenças.
A técnica tradicional de tomografia, que tem pouco alcance, não conseguia "ver" o abscesso no dente.
Com o uso do método tridimensional, foi possível localizá-lo e descobrir a causa da morte.
A técnica também permitiu que os cientistas conseguissem recriar uma imagem tridimensional da mulher.
A múmia foi a primeira a ter ser corpo reconstituído através do uso da tomografia, em 1978.
A múmia está no Museu de Ontário desde o começo do século. O sarcófago nunca foi aberto.

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