São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
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Filho que matou pais sorri em reconstituição

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Justiça decretou ontem a prisão preventiva de Carlos Alberto Pinto Oliveira, 35, que confessou ter matado seus próprios pais, o empresário Carlos Corrêa Oliveira e sua mulher, Nilza.
Também foram decretadas as prisões do ex-PM Luciano Jarczewski, 23, e do seu cunhado, Raul Tito Monaco, 27, envolvidos no crime. Os três foram levados ontem para o Presídio Central de Porto Alegre (RS).
As prisões foram decretadas pelo juiz Dálvio Dias Leite Teixeira, a pedido do delegado Cleber Ferreira, responsável pela investigação policial do crime, ocorrido no último dia 10.
Ontem, Carlos Alberto e Luciano reconstituíram o crime na casa da família de Oliveira, que era diretor-presidente da Companhia Vinícola Riograndense. Carlos Alberto, em alguns momentos, sorriu ao mostrar como matou seus pais.
As pessoas que aguardaram o final da reconstituição, em frente à casa, gritaram ``monstro", ``assassino", ``debochado", quando Carlos Alberto saiu no carro da polícia. Ele estava de short e fez um rabo-de-cavalo no cabelo.
O delegado disse que a reconstituição lhe deu a ``certeza" de que Jarczewski não só segurou o casal, como alegou inicialmente, mas também participou ativamente da morte de Oliveira, 65, e Nilza, 68, que foram degolados.
Carlos Alberto e Jarczewski usaram luvas na noite do crime. Monaco será indiciado como co-responsável, pois levou os acusados até a casa e, conforme o delegado, saberia do plano.
O filho do casal e Jarczewski podem pegar até 60 anos de prisão por homicídio duplo qualificado. Carlos Alberto disse que odiava seus pais e que os matou porque eles descobriram seu envolvimento em casos de estelionato.

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