São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994 |
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Pescadores proibiam esporte no inverno
FELIPE FERNANDES
Entre o fim da Páscoa e julho, os pescadores costumavam fechar 90% das praias catarinenses. As exceções na ilha eram a praia Mole, o pico do Camping da Barra e a praia da Joaquina. Alegando que os surfistas espantavam os cardumes de tainha, os pescadores faziam as leis na costa e proibiam o surfe. E acabaram desagradando aqueles que, durante os verões, alugavam suas precárias habitações de madeira e comiam em seus ``restaurantes caseiros". Lógico que nos dias de ondas boas os conflitos eram inevitáveis. Por causa desse bloqueio, durante anos muitas ondas quebraram vazias nos dias de inverno, permanecendo esquecidas até o verão. Nos meses quentes, Santa Catarina entrava novamente na rota do circuito brasileiro de surfe profissional e das viagens feitas pelos ``free-surfers", principalmente, gaúchos, paulistas e cariocas. Após quatro anos no litoral catarinense, o Hang Loose Pro Contest foi transferido da praia da Joaquina para o Guarujá (SP). Mas o potencial surfístico local já estava consolidado. Livres das disputas pelas praias com os pescadores, hoje os surfistas podem escolher onde e quando entrar no mar, geralmente sem o excessivo ``crowd" do verão. Texto Anterior: Bons ventos sopram a favor do surfe em SC Próximo Texto: Praias têm boas ondas para todos os ventos Índice |
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