São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994
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Governador apóia ação da PF

DA SUCURSAL DO RIO

O governo do Estado informou, através de nota de sua assessoria de imprensa, que as declarações do presidente Itamar Franco e do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso sobre medidas federais de combate ao tráfico de drogas ``configuram posições análogas às que o governador do Estado vem defendendo".
Segundo a nota, ``as providências capazes de alterar o quadro atual de combate aos traficantes dizem respeito à Polícia Federal e às Forças Armadas, com o objetivo de interromper o fluxo de armas proibidas e cocaína no Rio".
O secretário de Justiça do Estado, Artur Lavigne, disse por telefone, às 22h35, que havia acabado de conversar por telefone com o ministro da Justiça, Alexandre Dupeyrat.
``O ministro me autorizou a dizer que não há intervenção federal. É conversa", disse.
Procurado ontem à noite, o governador Nilo Batista não foi encontrado em sua casa nem no Palácio Guanabara.
Em entrevista anteontem, ele havia dito que ``o Rio implora que as autoridades federais trabalhem de forma eficaz na redução drástica do acesso de quadrilhas de traficantes ao armamento e à cocaína, o que é atribuição da Polícia Federal".
O governo do Estado considera que as atribuições federais ``ditadas pela Constituição Federal" são o caminho correto ``para superar as decepções" resultantes dos esforços das polícias estaduais, que travam combate com os traficantes só na venda final dos tóxicos.
Nilo Batista –assim como seu antecessor, Leonel Brizola– considera que este esforço é inútil, pois os líderes do tráfico, se presos ou mortos, são rapidamente substituídos.
Para o governo do Estado, apenas a ação da PF, coibindo a entrada de armas e cocaína no Estado, e das Forças Armadas, impedindo que armas de seu uso privativo cheguem aos traficantes pode modificar o quadro da violência no Estado.

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