São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994
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São Paulo e Paraná são atingidos por tempestade e vento de 100 km/h

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA, E DA FOLHA SUDESTE

Ventos com velocidade de 100 km/h foram registrados ontem pela manhã em cidades do Paraná e São Paulo. Anteontem, ventos e granizo atingiram Flores de Goiás (GO).
Em Ponta Grossa (100 km a noroeste de Curitiba, PR), duas crianças ficaram feridas. Uma árvore caiu sobre a casa onde moravam, segundo os bombeiros.
A ventania provocou também a queda da torre de transmissão de uma emissora de rádio na cidade.
Em Curitiba (PR), os ventos, seguidos de temporal, causaram a queda de árvores, destruição de telhados e desligamento de semáforos. Não houve feridos.
A Copel (Companhia Paranaense de Energia) informou que dez bairros ficaram sem energia elétrica devido à queda de árvores sobre linhas de transmissão.
O vendaval que atingiu Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) ontem destelhou um estacionamento. Ninguém ficou ferido. Os ventos chegaram a 92,5 km/h. Um vento fraco atinge 20 km/h.
Pelo menos dez casas foram destelhadas e 18 bairros ficaram sem energia com a queda de um galho de árvore em um gerador.
O vendaval derrubou 20 casas anteontem em Flores de Goiás (a 440 km de Goiânia).
A ventania, acompanhada de uma forte chuva de granizo, durou 30 minutos. Não houve mortos. Cerca de 30 feridos leves foram atendidos na Santa Casa da cidade. Os ventos derrubaram também a cobertura de um posto de gasolina, que foi interditado.
Os ventos fortes normalmente estão associados à chegada de frentes frias e formação de nuvens de tempestade (cumulus nimbus), segundo o meteorologista Ernesto Alvin, 36, do Inmet.
``A massa de ar polar que chega choca-se com uma massa quente e instável e se coloca embaixo dela, provocando o seu levantamento. Esse deslocamento de ar causa os ventos", disse.
Segundo ele, o fenômeno é comum em épocas quentes, quando é mais fácil ocorrer o contraste de temperaturas.

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