São Paulo, sábado, 22 de outubro de 1994 |
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Jereissati vai defender projeto do São Francisco junto a governo FHC
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Tasso acredita que essa é a única alternativa para resolver o problema da seca nos Estados que têm raros e pequenos rios perenes. ``Ou se leva água para a região seca, ou se retira a população de lá", diz o futuro governador. O projeto tem, entretanto, a oposição do ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, agora senador eleito pelo PFL, integrante da coligação que apoiou Fernando Henrique Cardoso. Tasso sabe dessa oposição, mas acha que não é um obstáculo definitivo. Para ele, será preciso uma ampla negociação para se verificar o impacto do projeto nas áreas banhadas pelo rio. O São Francisco nasce em Minas, corta a Bahia e vai ao Atlântico pelas divisas de Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A idéia é formar um conselho de gestão do rio São Francisco, de modo a otimizar o aproveitamento das águas. ``O que não tem sentido é o Ceará sofrendo com a seca e o São Francisco, logo abaixo, jogando água no mar", diz o ministro do Planejamento, Beni Veras, tucano e cearense como Tasso. Segundo Veras, a primeira fase do projeto poderia estar pronta em seis meses, ao custo de US$ 600 milhões. Só para levar água até o Ceará, o custo seria de US$ 350 milhões. O projeto completo, com a transposição das águas para toda a região seca e mais irrigação, custaria US$ 2 bilhões. Beni Veras acha que não haverá problema na obtenção de financiamento externo. Texto Anterior: Presidente do PSDB critica posição do PFL Próximo Texto: Betinho estréia hoje programa na TVE Índice |
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