São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
Texto Anterior |
Índice
Suspeito vive na Argentina
SÔNIA MOSSRI
Boucheron não escolheu a Argentina aleatoriamente. O governo argentino não tem acordo de extradição com a França. O ex-deputado tem visto argentino para trabalhar no país. Desde 1992 em Buenos Aires, Boucheron abriu na capital argentina um modesto restaurante francês chamado Agnes, no bairro de Belgrano. O nome do restaurante foi uma homenagem à mulher, Agnes, uma ex-modelo. Há cerca de dois meses, Boucheron fechou o restaurante e foge da imprensa. Algumas vezes, ele telefonou para o diretor da agência "France Presse" em Buenos Aires, Gilles André Bertin para saber sobre o pedido de extradição. Boucheron está apreensivo e teme o aumento das pressões do governo francês para a sua extradição. A preocupação do ex-deputado aumentou agora que o Uruguai deve atender o pedido de extradição do ex-prefeito de Nice Jacques Médecin. Boucheron foi obrigado a fechar o restaurante, porque dava prejuízos. Numa cidade com mais de 2.000 restaurantes, o de Boucheron não conseguiu atrair freguesia. Atualmente, o ex-deputado trabalha como representante de empresas francesas na Argentina. A Embaixada da França em Buenos Aires recusa-se a comentar o caso Boucheron. Texto Anterior: Operação gera os "juízes-estrela" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |