São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 1994
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FHC quer combate à fome ligado ao Planalto

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A PRAGA

O presidente eleito Fernando Henrique Cardoso disse ontem que o programa de combate à fome, uma das prioridades de seu governo, ficará diretamente subordinado à Presidência da República.
Para FHC, o responsável pela execução do programa terá importância pelo menos igual à de ministro e necessita acesso direto e imediato ao presidente.
Apertado pelos jornalistas que acompanham sua visita de caráter particular à Europa para que diga o nome de pelo menos um ministro, FHC prefere falar do desenho institucional de sua administração.
Nesse desenho, os responsáveis por atacar o que chama de ``gargalos" existentes no Brasil serão tão ou até mais importantes do que os ministros. Um dos gargalos citados, além da fome, é a irrigação.
Mas FHC não antecipou se também esse programa ficará diretamente subordinado à Presidência.
A definição desses nomes e também do nome dos ministros depende, sempre segundo o presidente eleito, da transformação do seu programa de campanha em projetos específicos e concretos.
Na volta ao Brasil, prevista para sábado, pretende conversar com os líderes dos partidos que o apoiaram, para debater a transformação do programa em projetos.
Só depois disso é que se discutirão os nomes das pessoas capazes de tocar cada tarefa específica.
No caso dos ministros, FHC já havia dito, no domingo, que antes de defini-los quer estabelecer número de ministérios e função de cada um para só depois buscar o perfil indicado para cada posição.
Permanece válida, portanto, a intenção de só divulgar a equipe que o acompanhará em dezembro. Até porque FHC prefere esperar pelo segundo turno para ter mais clara a situação de cada partido.
O presidente eleito disse ontem que era uma surpresa para ele a informação de que o presidente Itamar Franco havia decidido indicá-lo para chefiar a delegação brasileira que irá à Cúpula das Américas (Miami, 9 a 11 de dezembro).
FHC mantém a posição já anunciada: só decidirá sobre sua ida à Cúpula depois de avaliar com Itamar as vantagens e desvantagens.

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