São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 1994
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Vendas de consórcios de `popular' vão cair

DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas dos consórcios de carros ```populares" terão forte queda com as medidas adotadas pelo governo na semana passada.
Segundo os gerentes de vendas dos consórcios das montadoras consultados pela Folha, o principal motivo para a queda é a redução do prazo para 12 meses.
Os gerentes ainda não dispõem de números oficiais das vendas após a redução do prazo, mas afirmam que a queda será expressiva. Com a redução do prazo as prestações vão subir até 318%.
O consórcio nacional Volkswagen vendeu cerca de 65.000 quotas até o dia 19. Destas, 11.291 foram no primeiro semestre, segundo Luiz Sérgio Mesquita, gerente de marketing da Autolatina.
A partir de julho, com o Plano Real, foram vendidas mais de 54.000 quotas (3.541 em julho, 15.000 em agosto, 21.500 em setembro e 14.000 até o dia 19).
A concessionária Caraigá informou que as vendas caíram 80% com a redução do prazo. Luiz Roberto Torres, supervisor de marketing, diz que eram vendidas 2.000 quotas por mês.
Com as medidas, ele prevê vendas em torno de 500 quotas/mês do Gol 1.000, carro responsável por 70% das vendas.
Mesquita informou que as vendas do consórcio nacional Ford somaram 22.450 unidades até o dia 19. No primeiro semestre foram 4.060 quotas.
Com o plano as vendas cresceram: 1.250 em julho, 5.550 em agosto, 7.690 em setembro e 3.900 até o dia 19.
O consórcio nacional General Motors vendeu 95.000 mil quotas do Corsa Wind 1.0 até a semana passada. Osmar Couto, gerente de consórcio, diz que em setembro foram vendidas 4.500 quotas.
Esse número, entretanto, não representou a demanda potencial do mercado, diz Couto. É que muitas concessionárias suspenderam a venda de quotas para evitar problemas com a falta do Corsa.
A Fiat não forneceu os dados sobre as vendas do consórcio nacional.

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