São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 1994
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Arafat e Hamas voltam a criticar o acordo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder da OLP e presidente da entidade autônoma palestina, Iasser Arafat, criticou ontem os termos do acordo de paz entre Israel e Jordânia.
Arafat denunciou o papel "especial que o acordo dá à Jordânia na administração dos santuários islâmicos de Jerusalém", cidade que ele reivindica como capital de um futuro Estado palestino.
"Jerusalém é a capital do Estado da Palestina, quer eles queiram ou não", disse o presidente da Organização para a Libertação da Palestina em discurso para 2.000 estudantes da Universidade al Azhar, na faixa de Gaza.
"Se não gostam, podem beber água do mar de Gaza", disse, citando provérbio árabe que significa que ele não se importa se suas afirmações são aceitas ou não.
A OLP desconfia que a ofensiva jordaniana seja uma tentativa de influenciar a administração palestina na Cisjordânia, caso Israel se retire da área.
A área autônoma palestina compreende hoje a faixa de Gaza e a cidade de Jericó (Cisjordânia).
O Movimento de Resistência Islâmica Hamas disse que o acordo "abre as portas para a dominação política, econômica e cultural de Israel sobre toda a região".
O Hamas, responsabilizado pela morte de 26 pessoas em três atentados em Israel este mês, prometeu continuar seus ataques.

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