São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994
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PMDB condiciona apoio a FHC a cargos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB espera convite do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para participar do futuro governo. O apoio está condicionado à ocupação de cargos no ministério.
Esta foi a posição majoritária na reunião dos novos deputados e senadores do partido, ontem, em Brasília. Os parlamentares querem que o partido adote uma postura clara: ou apóia ou faz oposição, sem meios termos.
``Não podemos apoiar antes que o próprio governo diga que quer e precisa do PMDB", afirmou o presidente do partido, Luiz Henrique (SC). O partido vai tomar a posição formal em reunião do Conselho Nacional, em dezembro.
O partido não abre mão de ocupar ministérios. ``Quando falamos em participar, é tudo. Aí entra ministérios é claro", afirmou o senador eleito Ronaldo Cunha Lima (PB).
``A posição do partido não será dúbia como em vezes anteriores. Ou o PMDB apóia para valer ou não", afirmou o governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury.
Os líderes procuram valorizar a posição do partido, a maior bancada no Congresso com cerca de 120 parlamentares, para ocupar espaço no governo. Eles se consideram fundamentais para a governabilidade do país quando FHC assumir.
Aula inaugural
A reunião teve aspecto de aula inaugural. Durante o almoço no restaurante da Câmara, os parlamentares levantavam-se para anunciar o nome e sua condição de eleito.
Mais tarde, no auditório, receberam aulas sobre o funcionamento da Câmara. O diretor Adelmar Sabino falou sobre apartamentos funcionais e gabinetes, o deputado Nelson Jobim (PMDB-RS) sobre o Regimento Interno e tramitação de projetos.

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