São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
`Vender droga é para favelado'
ARI CIPOLA
``Duvido que me condenariam se o mandato do meu pai estivesse começando. Isso tudo é coisa da oposição", afirmou. Gustavo admitiu que já usou drogas, mas disse que não precisa vender maconha. ``Quando eu era mais novo usei drogas, não tenho por que negar isso. Mas nunca vendi drogas nem preciso disso. Vender maconha é coisa para favelado", afirmou. Gustavo foi condenado a seis anos de prisão pelo juiz de Flores (PE). Em fevereiro, o motorista de sua gráfica e mais três pessoas foram presas com 20 gramas de maconha dentro do carro da gráfica dos Bulhões. Com o depoimento dos detidos, a PM pernambucana chegou à casa de Luiz Ferreira de Freitas, onde foram apreendidos 50 kg da droga. O motorista e os outros homens que estavam no carro disseram à PM que compraram maconha a mando do filho do governador. Veja os principais trechos da entrevista de Gustavo Bulhões. Agência Folha - Você achou justa a sua condenação? Gustavo Bulhões - É claro que não. Não fui pego nem comprando nem vendendo drogas. Agência Folha - Mas você é usuário de drogas? Bulhões - Já usei drogas quando era mais jovem e não tenho por que negar isso. Mas nunca vendi drogas. Não preciso vender maconha. Vender maconha é coisa para favelado. Agência Folha - A que você atribui a sua condenação, então? Bulhões - Duvido que me condenariam se o governo do meu pai estivesse começando. Isso tudo é coisa da oposição para prejudicar meu pai e minha mãe. Não vou acusar ninguém para não ser injusto; como o que está acontecendo comigo agora. Texto Anterior: Bulhões se rende após cerco Próximo Texto: Gustavo responde a 4 processos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |