São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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'É fácil entender as instalações'
LÚCIA MARTINS
``Estou surpreso porque isso tudo é ao mesmo tempo sofisticado e engraçado", disse o francês Guillaume Bonneault, 22, sobre uma instalação multimídia em que o visitante tem a impressão de estar sendo perseguido por um cachorro a partir de imagens que aparecem em 12 televisores. Bonneault chegou na semana passada a São Paulo e só conheceu os arredores do hotel onde está hospedado, no Morumbi (zona sul), e o parque de exposição do Anhembi, onde acontece o salão. ``É muito barulhento e cheio, mas em Paris as feiras de carros ainda são piores." Foi a alguns restaurantes dos quais não lembra o nome e ao shopping Morumbi. ``A primeira coisa que fiz quando cheguei no shopping foi comprar a camisa nº 7 da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, usada por Bebeto." Pela primeira vez no Brasil, Bonneault vai ficar 16 meses. ``Essa viagem é um tipo de prêmio. Agora quero comprar um carro e conhecer a cidade." Durante as duas horas que passou na Bienal, Bonneault quis ver todos os trabalhos e sobre quase todas as obras fez comentários. ``Muito fácil entender isso", disse, com ironia, depois de sair da sala com a instalação do israelense Ido Bar-el. Gostou do pintor brasileiro Iberê Camargo (``muito bom") e da maioria dos chineses (``são politicamente engajados, eu gosto disso"). Fez várias comparações com o artista pop norte-americano Andy Warhol e com o pintor surrealista espanhol Salvador Dalí. ``Gostei da Bienal porque tudo é sempre diferente, uma surpresa", disse, ao sair do pavilhão. Minutos depois, sentado no bar do MAM (Museu de Arte Moderna) –também no parque Ibirapuera–, ele disse: ``Um guaraná, por favor". Em português. Texto Anterior: 'Só iria se meu sobrinho pedisse' Próximo Texto: Pintora cochila na partida do Brasil Índice |
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