São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994
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Na opinião dos profetas

DEMIAN FIOCCA

Os superconsultores têm um prestígio inquestionável: John Naisbitt vendeu 8 milhões de cópias de seu livro ``Megatrends" e Peter Druker cobra US$ 25 mil por uma hora de palestra via satélite.
Semana passada, convidados do 1º Fórum Brasil, ambos mostraram-se otimistas. Mas apontaram deficiências: o país precisa investir em educação e infra-estrutura. Parece óbvio.
Na economia comtemporânea, trabalho e matérias primas representam uma parte cada vez menor do valor dos produtos. O capital é um recurso fluido, que o mercado internacional torna acessível a grande parte das empresas de qualquer nação.
Assim, o que diferencia um país é essencialmente o grau de qualificação de sua força de trabalho e seus sistemas de transporte, telecomunicações e serviços. A competitividade está no conhecimento, no saber incorporado pelos trabalhadores.
Naisbitt aponta ainda uma medida simpática –``prestigiar a natural capacidade de liderança das mulheres"– e realista –em 1970, elas dirigiam 5% das empresas dos EUA. Hoje, 40%.
No Brasil, há resistências aos investimentos e gastos com educação. A intenção de FHC de elevar a carga tributária é correta. Deve-se arrecadar nos setores de alta renda e investir na qualificação dos brasileiros.

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