São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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Banco deve transferir dívida
JCO
Apesar de escapar do compulsório de 30% a solução também tem um custo. "A empresa vai receber o dinheiro e terá que deixá-lo aplicado no mercado financeiro. Pagando impostos na fonte", diz. Segundo ele, antes do compulsório, os bancos assumiam a dívida de importadores, entre outras razões, porque são isentos do pagamento na fonte sobre o ganho das aplicações. No processo de assunção de dívida, o importador pagava antecipadamente ao banco uma dívida assumida no exterior. Assim, ele deixava de correr o risco cambial. O banco recebia os reais e assumia a dívida junto ao estrangeiro (assunção de dívida). Normalmente são dívidas de longo prazo (seis meses). Segundo avaliação do mercado, os bancos assumiram em torno de US$ 4 bilhões em dívidas. O BC instituiu um compulsório de 30% sobre este montante. Diante da decisão do BC, segundo Branco, os bancos podem tomar três atitudes: 1) pagar o compulsório; 2) pagar antecipadamente a dívida (o que significa comprar dólares); ou 3) repassar a dívida para uma empresa não-financeira do grupo (que não recolhe compulsório). A transferência precisa da anuência do importador. "Caso contrário, o banco continuaria como co-obrigado e teria que recolher o compulsório", diz. Texto Anterior: Câmbio ficará estável até final do ano Próximo Texto: Há opções de financiamento a longo prazo Índice |
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