São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994 |
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Esporte se viriliza, mas sua beleza continua
ANA MOSER
Antes, nós, mulheres, não atacávamos tanto do fundo da quadra. As jogadoras se detinham em posições fixas. Hoje, fazemos um pouco de tudo. Com isso, cresceu o potencial de cada time e muitas seleções, como a brasileira, passaram a ter grandes chances não só de atacar, mas também de defender bem. Quando me perguntam se o saque forçado não estaria tirando a beleza do vôlei feminino, respondo que não. Porque, hoje, conseguimos até nos aproximar da maneira de jogar dos rapazes, mas não perdemos as características do vôlei feminino, que mantém ralis de pura emoção. Afinal, a nossa potência não é tão grande quanto a dos homens e permite um jogo disputado. A preparação física também é um ponto de destaque. Fui uma das que mais pediu por um trabalho de força, visando a adquirir massa muscular. Se as coisas deram certo é porque não só a parte técnica amadureceu bem, como nós, jogadoras, adquirimos maturidade e segurança. O vôlei feminino do Brasil chegou a um momento importante, no qual começa a atingir o topo. É importante dizer que, para permanecer no topo, não basta apenas a harmonia. Tudo depende também das cabeças. Texto Anterior: Mundial confirma a opção pelo ataque Próximo Texto: Psicologia segue massa muscular Índice |
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