São Paulo, terça-feira, 1 de novembro de 1994 |
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Pissardo teria comprado silenciador de arma
ISNAR TELES
Segundo a polícia, isso comprova que os crimes foram premeditados. O advogado de Pissardo, José Carlos de Oliveira, disse ontem que não irá se manifestar até que o inquérito seja remetido ao fórum. A principal linha da defesa é alegar que Pissardo tem problemas mentais e teria cometido os crimes em um tipo de "surto". A peça foi fabricada por um professor do curso de mecânica da Etep (Escola Técnica Professor Everardo Passos), em São José, onde Pissardo estudou. O estudante confessou à polícia em 4 de outubro ter matado os pais, a irmã e os avós paternos. Segundo a polícia, Pissardo levou um desenho do silenciador ao professor Carlos Alberto Benedicto, 31, no dia anterior aos crimes. Benedicto prestou depoimento ontem na polícia e confirmou que fabricou a peça a pedido do estudante. Ele disse não saber que estava fabricando um silenciador. O professor disse que Pissardo teria encomendado a peça para usá-la em um serviço na General Motors, onde trabalhava, e que depois ficaria "rico" com isso. Segundo o professor, Pissardo teria pago R$ 45,00 pela peça. Por causa da nova pista no caso, a polícia irá marcar um novo depoimento do estudante. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Luiz Ailton Vallias Borges, 39, a polícia soube da fabricação do silenciador durante as investigações do caso, na Etep. O delegado pediu para que Benedicto fabricasse uma peça igual à encomendada por Pissardo. Com a reprodução, o delegado conferiu que as medidas do silenciador se encaixavam em um revólver calibre 32, o mesmo tipo que teria sido usado por Pissardo. Texto Anterior: Castor pede "humanidade" à Justiça Próximo Texto: Advogado quer a internação Índice |
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