São Paulo, terça-feira, 1 de novembro de 1994
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Brasil vai investir no físico para Atlanta 96

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, disse ontem que, entre os planos futuros para a seleção brasileira feminina de vôlei, está o investimento no aumento da força física da jogadoras.
Este foi o primeiro resultado da avaliação que ele e as atletas fizeram da campanha da equipe, vice-campeã no Campeonato Mundial de Vôlei Feminino, encerrado anteontem em São Paulo.
"Na cabeça da gente já começa a preocupação do que devemos fazer. No jogo contra Cuba não conseguimos contrapor a força do adversário, que supera nossa equipe, por enquanto, na impulsão de altura de bloqueio e ataque", afirmou o treinador.
Para Bernardinho, as futuras competições que a equipe vai participar não serão fáceis.
"Disputar uma medalha, qualquer que seja, na Olimpíada de Atlanta, vai ser muito difícil para nós", disse o treinador.
Segundo ele, a Rússia, pelo que exibiu no Mundial, tem condições de crescer muito. Cuba deve se manter no topo, e os EUA também vão subir de produção.
"Se quisermos uma medalha vamos ter que brigar com esses três times", garante o técnico.
Ele disse que descarta a hipótese de, pela campanha exibida pela seleção feminina este ano, vir a ser técnico do time masculino.
"De forma alguma, e ventilar isso é um absurdo. Primeiro porque o melhor técnico do Brasil está na seleção masculina hoje. Segundo que, se eu continuar em uma seleção, esta vai ser a feminina", afirmou Bernardinho.
O técnico disse que, após a disputa do Super Four, vai assistir alguns jogos do Mundial de Clubes Feminino, que acontece em São Paulo no final deste mês.
O Super Four, que começa no próximo dia 11, encerra a temporada do calendário internacional do vôlei. O torneio será realizado em Tóquio, reunindo as três primeiras colocadas no Mundial Feminino -Cuba, Brasil e Rússia–, mais o Japão.
Cumprida essa programação, Bernardinho garante que tira férias em dezembro. "Vou para a Europa ver meu filho, que estará na Itália com a mãe", diz ele.
O treinador não descarta, porém, uma passagem pelos EUA antes de voltar para o Brasil.
"Quero me atualizar, comprar biografias e fazer alguns cursos de controle da mente", afirmou o treinador, que, se for mesmo para os EUA, quer assistir treinos de equipes universitárias norte-americanas para aprender novas técnicas e aplicá-las ao vôlei brasileiro.

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