São Paulo, terça-feira, 1 de novembro de 1994
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Delacroix reverencia mundo árabe

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Duas exposições parisienses tratam da relação entre a pintura francesa do século passado e a cultura árabe.
"Le Voyage de Delacroix au Maroc" ("A Viagem de Delacroix ao Marrocos"), no Instituto do Mundo Árabe, mostra a obra de Eugène Delacroix inspirada por sua estadia no país africano em 1832.
Delacroix (1798-1863) passou seis meses no país, acompanhando uma missão diplomática enviada pelo rei Luís Filipe em visita ao sultão Moulay Abd Al-Rahman.
O pintor francês conheceu o país de ponta a ponta e, aos poucos, abandonou as idéias estereotipadas que tinha a respeito do Marrocos.
"Lamento pelos artistas talentosos que nunca terão idéia da graça e da beleza dessa natureza virgem e sublime", escreveu.
Dessa viagem resultaram alguns dos quadros mais famosos do pintor, entre eles um imponente retrato do sultão (1845), uma das atrações da exposição. Delacroix, no entanto, não pintou apenas a realeza, mas também o homem comum.
Outra exposição, "Les Oubliés du Caire" ("Os Esquecidos do Cairo"), apresenta a coleção nacional egípcia de arte francesa.
Essa coleção inclui, entre outros, obras de Ingres, Courbet, Monet, Gauguin e Rodin compradas no início do século 20.
(AFt)

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