São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Moradora armazena água em baldes

Para Sabesp, medida gera desperdício

DA REPORTAGEM LOCAL

Os moradores dos bairros em que o rodízio começa hoje passaram parte do dia de ontem armazenando água em baldes e reordenando a rotina doméstica para o início do racionamento.
A engenheira Kátia Leite, 35, moradora do Alto de Pinheiros, encheu todos os baldes e bacias que tinha em casa, com medo de ficar sem água.
Alguns vizinhos da engenheira fizeram o mesmo, apesar de a Sabesp afirmar que o procedimento gera desperdício.
"Sei que estocar água não é a solução ideal, mas é a única maneira que tenho de manter a casa funcionando. Tenho três filhos –de 11, 8 e 7 anos– e não posso passar um dia e meio sem água", diz Kátia.
A engenheira também alterou a rotina doméstica para tentar fugir da falta de água durante as 36 horas de corte no fornecimento. "Suspendi a faxina na cozinha e a lavagem de roupa que ia fazer hoje. Vou dar banho nas crianças de manhã cedo, quando tenho certeza de que ainda vai ter água.
Para Kátia, o racionamento até fevereiro é uma tortura. "Ainda bem que vou viajar em dezembro", diz.

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