São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Homem que atirou na Casa Branca queria matar Clinton, diz ex-colega

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Francisco Martin Duran, o homem que atirou contra a Casa Branca no sábado passado, foi considerado são para ser julgado e pode ser indiciado por tentativa de homicídio contra o presidente dos Estados Unidos.
A juíza federal Deborah Robinson recusou o argumento da defesa de que os disparos foram feitos contra um edifício, não contra pessoas, e decidiu manter Duran preso sem direito a fiança.
Por enquanto, Duran é acusado de quatro crimes: posse ilegal de armas, dano a prédio público, resistência à prisão e uso ilegal de arma de fogo. Se condenado nos quatro casos, pode passar até 35 anos na prisão.
O serviço secreto julgou, a princípio, que Duran não tinha a intenção de matar o presidente Bill Clinton. Mas um ex-colega dele de trabalho afirma que Duran lhe disse que iria a Washington para "acabar com o presidente".
No carro de Duran, foi encontrado um mapa da capital dos EUA com as palavras "Matar o presidente" escritas à mão.
Duran, 26, foi ontem pela segunda vez ao tribunal que vai julgá-lo. Ele se recusa a falar e não colaborou com os psiquiatras que o avaliaram. Sua defesa é feita por uma advogada pública.
O serviço secreto divulgou ontem o número definitivo de disparos feitos por Duran contra a Casa Branca no sábado à tarde: 27.
Nenhuma teoria foi ainda formulada pelos policiais que investigam o caso sobre os motivos para a ação de Duran.
O ex-colega que diz tê-lo ouvido afirmar que mataria Clinton também relatou diversas conversas entre os dois nas quais Duran se queixava do governo e defendia o direito de se andar armado.
Outro homem foi preso ontem em frente à Casa Branca, depois de ter gritado palavrões contra Clinton.

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