São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Acusações aumentam tensão no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Bravatas de parte a parte tornaram ontem ainda mais tensa a disputa entre os candidatos ao governo do Rio, Anthony Garotinho (PDT) e Marcello Alencar (PSDB).
Em campanha no Caju (zona norte), o pedetista disse não se contentar com a decisão do deputado Marco Antônio (PSDB), filho de Alencar, de divulgar seus documentos fiscais e bancários.
Ele pediu também a abertura das contas de Alencar e seu outro filho, Marco Aurélio. Garotinho os acusa de desviarem dinheiro do Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro).
"Se ele conseguir provar que não é ladrão, retiro minha candidatura", disse Garotinho.
Ao saber da declaração, Alencar colocou seus movimentos bancários e declarações de renda à disposição (enviou ofícios à Justiça, à Receita Federal e ao Banco Central) e exigiu a renúncia do adversário.
Em resposta, Garotinho disse que "abrir as contas não é nada". Ele afirmou que pede hoje ao Banco Central acesso às contas da família Alencar. Disse ainda que quer examinar supostas contas do adversário em Miami e Nova York.
Alencar sugeriu a Garotinho que orientasse seus parentes e assessores da época em que foi prefeito de Campos (1989-93) a renunciar ao sigilo bancário.
O tucano apresentou uma lista de parentes de primeiro grau e assessores diretos de Garotinho. "É hora de revelar o patrimônio da república de Campos, instituída pelo nepotismo de Garotinho", disse Alencar.
Alegando que o adversário "não demonstra equilíbrio", Alencar decidiu não ir ao debate marcado pela Rede Globo para domingo.

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