São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994 |
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Em Osasco, Igreja faz críticas a Rossi
DA REPORTAGEM LOCAL A Diocese de Osasco começa a distribuir 6.000 cartas em repúdio às medidas adotadas contra a Igreja e os sem-teto pelo candidato do PDT ao governo do Estado, Francisco Rossi, durante sua gestão na Prefeitura de Osasco (89 a 93).Destinada a todas as dioceses do interior, a carta relata a atuação do então prefeito durante a ocupação de uma área pública por 600 famílias em maio de 91. Segundo o vigário-geral da diocese, padre Elídio Mantovani, o objetivo do documento é esclarecer a forma de relacionamento do pedetista com a sociedade. Quando era prefeito, Rossi teria revidado a interferência de padres católicos na invasão de terras assinando decretos de desapropriação de quatro lotes da Igreja. "Foi uma atitude vingativa e despótica", disse à Folha o bispo diocesano de Osasco Franciso Manuel Vieira. Para o bispo, a atitude do prefeito é "reveladora de um caráter autoritário". Segundo Rossi, os terrenos desapropriados seriam usados para assentar as famílias invasoras. Um mês após a invasão, Rossi conseguiu na Justiça a reintegração de posse. As famílias foram retiradas pela Polícia Militar e acamparam ao lado da prefeitura. Segundo a diocese, o prefeito se negou a negociar com os sem-teto e teria usado uma rádio para atacar os religiosos. A igreja foi à Justiça contra os decretos. Ao final de seu governo, Rossi revogou-os. Para o pedetista, a carta da diocese tem objetivos políticos e "deixa clara a sua posição a favor do outro candidato (Covas)". Texto Anterior: PDT de Rondônia diz que candidato do PMDB comprou apoio político Próximo Texto: PT levará Covas a seus redutos eleitorais Índice |
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