São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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"Noite" chega segundos antes

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO ESPECIAL

A diferença de ver um eclipse parcial e um total é enorme.
Oito minutos antes do eclipse total só se notava que o Sol estava um pouco mais opaco.
Com cerca 60% do Sol encoberto, o céu começou a escurecer sutilmente.
Só quando faltavam menos de quatro minutos para o eclipse total, o processo de escurecimento começou a ser sensível.
A "noite" só chegou mesmo nos segundos que antecederam a superposição dos discos do Sol e da Lua.
Cinco segundos antes disso, ocorre um fenômeno apelidado de "anel de diamante" pelos astrônomos. Só um ponto do Sol brilha, fazendo com que ele se destaque, como se fosse a pedra de um anel refletindo luz.
Com o Sol todo encoberto não ocorre uma noite propriamente. O céu fica com a luminosidade do pôr-do-sol enquanto todo o horizonte permanece brilhando. Um turista sueco disse que lembra noites de verão na Escandinávia.
Mas o fenômeno mais impressionante acontece mesmo no Sol. Um disco totalmente preto é circundado por uma luz fraca, da coroa solar.
A coroa, nesse período de baixa atividade solar, se estica em três direções. Numa delas forma uma ponta que chega a ter 3,5 milhões de km. Com comparação, o Sol tem 1,4 milhão de km de diâmetro e a Terra, cerca de 13 mil km.
Essas estruturas, durante os quatro minutos de ocultação, não se movem de forma perceptível a olho nu.
Quando a Lua se afasta do Sol, tudo começa a voltar ao "normal", como se fosse a primeira parte do eclipse passada de trás para frente.
(MD)

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