São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Tenente do Exército é morto no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O tenente do Exército Marcos Paulo Lisboa Marinho, 22, foi morto a tiros ontem no começo da noite, em Bento Ribeiro, subúrbio da zona norte do Rio.
O tenente foi morto quando chegava sozinho em casa, na rua Conde de Resende, perto da favela do Muquiço, considerada uma das mais perigosas da região.
Ele foi baleado por dois homens que ocupavam uma Brasília branca, segundo testemunhas que estavam no local. Policiais da 30ª Delegacia de Polícia (em Marechal Hermes, zona norte) não sabiam, ontem á noite, informar o motivo do crime. De acordo com os policiais, o militar não estava usando farda quando foi morto.
A família do militar não quis comentar o ocorrido. Ele pertencia ao 57º Batalhão de Infantaria.
Segundo os policiais do 30º DP, o Comando Militar do leste assumiu as investigações do crime e a Polícia do Exército interditou o local onde ocorreram os tiros.
Gilberto Serra, do Centro de Comunicação Social do Exército, disse que as Forças Armadas só devem se manifestar hoje, mas que as primeiras informações levam a crer que foi uma tentativa de assalto.
O tenente foi levado para o Hospital Central do Exército, em Benfica (zona norte do Rio), mas já teria chegado lá sem vida.
O assassinato do tenente Marinho pode ser a primeira retaliação dos traficantes cariocas ao anúncio da ação conjunta das Forças Armadas contra a violência no Rio.
A ação, cujo planejamento foi apresentado ontem ao presidente Itamar Franco pelo general Câmara Senna (comandante do ógão especial criado para coordenar o combate ao crime) e pelos ministros militares, deve ser iniciada nos próximos dias.
Prisão
Dois homens foram presos ontem em Jacarepaguá (zona oeste do Rio) depois de roubarem um carro. Um deles é soldado do Corpo de Bombeiros e o outro se identificou aos policiais como soldado do Exército.
Rogério Carvalho e Claudio Machado dos Santos, 21, foram perseguidos por policiais durante a fuga até serem capturados.
Com os dois foi apreendida uma pistola 9 mm. Carvalho apresentou sua carteira do Corpo de Bombeiros. Santos estava sem documentos, mas disse ser do Exército.

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Sobre a ação federal no Rio na pág. 3

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