São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Edmundo é suspenso por 41 dias

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O jogador palmeirense Edmundo foi suspenso ontem por quatro partidas mais 30 dias. A decisão foi tomada no Rio pela comissão disciplinar da Confederação Brasileira de Futebol.
O atacante só poderá voltar a jogar no dia 14 de dezembro, quando deverá ser disputado o primeiro jogo das finais do Campeonato Brasileiro.
Mas, se quiser, o Palmeiras pode recorrer ao Tribunal Especial da CBF e obter efeito suspensivo. Assim, Edmundo continuaria jogando até o recurso ser julgado por aquele tribunal.
A tática é arriscada. Se a suspensão fosse confirmada pelo Tribunal Especial, no fim de novembro ou começo de dezembro, o jogador teria de cumpri-la durante a decisão do campeonato, se o Palmeiras a disputar.
Edmundo foi punido porque foi responsabilizado pelo árbitro Cláudio Cerdeira pela briga generalizada no jogo entre Palmeiras e São Paulo no domingo.
Pelo mesmo jogo, o técnico palmeirense Wanderley Luxemburgo, que reclamou do juiz e foi expulso, pegou suspensão de 20 dias.
Já o diretor de futebol são-paulino Kalef João Francisco, que discutiu com Edmundo durante o clássico e ainda participou da briga, fica suspenso por 40 dias.
Os três jogadores do São Paulo expulsos foram suspensos por dois jogos –Juninho, Muller e Gilmar já ficaram fora de uma partida e não poderão enfrentar o Paysandu no domingo.
Não há efeito suspensivo –espécie de sursis da Justiça desportiva– para suspensão de dois jogos.
Os outros dois jogadores do Palmeiras expulsos no jogo de domingo, César Sampaio e Antônio Carlos, foram suspensos por três partidas porque são reincidentes.
Ambos não poderão participar das próximas duas partidas da equipe. Neste caso, pode ser pedido efeito suspensivo, mas também há risco de ficarem fora da fase final do campeonato.
Houve pressão nos bastidores da CBF antes do julgamento para atenuar as penas. Os dois clubes enviaram dirigentes ao Rio.
Os palmeirenses viram o julgamento ao lado do diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
Os três integrantes da comissão que participaram do julgamento disseram que os clubes não poderiam perder ponto pela briga.
Cada clube vai pagar 3% do que recebeu de sua parte da renda como multa pelo atraso de 3 minutos no começo do segundo tempo.

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