São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Cão raivoso late e crianças contam o que sentem

PAULA MENDES DE OLIVEIRA

Carlos Corrêa Trindade, 12, que experimentou o trabalho de Lygia, teve a "sensação de viajar sem sair do lugar".
As monitoras Naira Ciotti e Simone Rufinoni foram as guias da "viagem ". Elas explicaram o tema da 22. Bienal e deixaram mais oito alunos da escola "experimentarem" a obra de Clark. Gabriel Siqueira também teve a sensação de "estar indo para um lugar bem distante, com mar e areia ", disse.
Artista dos anos 90
Os artistas dos anos 90 usam recursos que a tecnologia oferece para fazer a obra "conversar" (interagir) com o públíco.
O artista Paul Garrin, por exemplo, criou a vídeo-instalação "White Devil" ("Diabo Branco").
Em uma sala, onde entram cinco pessoas, uma tela mostra uma casa pegando fogo. No portão, um cão raivoso late para os visitantes.
Quando as pessoas batem o pé, chamando a atenção do bicho, ele se aproxima.
Naira explicou que pequenos sensores fazem com que o cão se aproxime de quem o chama. Assim, o público pode interagir com a obra. Esse trabalho foi um dos preferidos das crianças.
Visita em grupo
Algumas crianças nunca tinham ido a uma bienal. Isabel Petroni, 13, disse que quer voltar lá porque "não deu para ver nada".
Mariana Brandão, 12, concordou "mais ou menos" com Isabel: "a gente viu pouca coisa, mais viu direito". Paula Marques, 16, gostou de tudo. Todos querem voltar, Com os pais. "Assim, a gente não precisa esperar o grupo e tem tempo para olhar o que quer", explicaram Nicole e Mariana.
(PMo)

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