São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Betty Lago troca Nova York por papel na novela das sete
RONI LIMA
Até então, novelas estavam fora de seus planos, já que Betty não poderia passar muito tempo fora de Nova York –onde vive há nove anos e trabalha como modelo. Desta vez, aceitou. Mas volta para os EUA assim que a novela acabar. Quando foi convidada para seu primeiro trabalho na TV, em 92, Betty já era uma bem-sucedida modelo na Europa e nos EUA. Sua pose de mulher elegante era –e ainda é– cobiçada por diretores para caracterizar personagens requintados. Seu papel em "Quatro Por Quatro", Abigail, é um exemplo: nem mesmo chutada pelo marido ela perde a pose e a ironia. Apesar de não se achar tão "afetada" como Abigail, Betty diz ter em comum com ela o senso de humor e o cinismo. A elegância –e isso ela nem precisa dizer– é outro ponto em comum. Aos 39 anos, descasada duas vezes e mãe de dois filhos, Betty compara suas duas profissões –modelo e atriz– a uma fogueira de vaidades. "Tudo que envolve ego, beleza, sucesso, é uma guerra", afirma. Consciente disto, as críticas de algumas atrizes às modelos que atuam em novelas não a atingem. "As pessoas me respeitam como atriz." E reconsidera: "Pelo menos na minha frente". Sua vocação para modelo surgiu aos 18 anos, antes de sequer sonhar com a carreira de atriz –o que só foi começar em 1975. Seu primeiro papel foi o de uma prostituta, no filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", dirigido por Bruno Barreto. Por vários anos, porém, ficou em dúvida se queria mesmo ser atriz. Convenceu-se disto depois de ser convidada para atuar na TV, em 92. Foi na minissérie "Anos Rebeldes" –onde vivia a rica Natália. Em 93, na minissérie "Sex-Appeal" encarnou a enjoada Vicky, dona de uma agência de modelos. Logo depois, rodou no Rio o filme canadense "Le Marchand du Silence", sobre a chacina de menores. A carreira de atriz hoje em dia é um fato e, segundo Betty, o próximo passo é se concentrar no cinema. Também está nos planos de Betty dirigir e apresentar um programa sobre modos e modas em Nova York. O projeto já foi aceito pela Globosat –que procura um patrocinador. Próximo Texto: Oshima na hora da decisão Índice |
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