São Paulo, segunda-feira, 7 de novembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Atuação na UnB é alvo principal

DENISE MADUEÑO; EUMANO SILVA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cristovam Buarque diz ter um estilo de fazer política "desvairadamente democrático". Seus adversários na UnB o consideram mais desvairado do que democrático.
A administração de Buarque na UnB é o principal alvo dos ataques de Campelo.
No primeiro turno, Campelo exibiu parte de um relatório do ex-reitor Antônio Ibanez, que sucedeu Buarque, com críticas à situação da universidade.
O documento falava de dívidas e pagamentos atrasados. Ibanez defendeu Buarque.
Na década de 60, quando professor da Pontifícia Universidade Católica em Recife (PE), Buarque articulou um movimento de renúncia coletiva de professores em protesto contra a expulsão de três alunos. Sem êxito, foi para a sala de aula e pediu aos alunos que decidissem se só ele deveria renunciar. Os alunos negaram.
A militância política de Buarque começou na clandestina AP (Ação Popular), uma organização de esquerda e católica. Buarque assumiu a reitoria da UnB em 1985 por uma ação decisiva do vice-presidente eleito Marco Maciel (PFL-PE).
Ministro da Educação de Sarney, Maciel forçou a renúncia do ex-reitor em apoio a Buarque, escolhido por alunos, professores e funcionários.
No discurso de posse, Buarque elogiou Maciel e disse que a Educação estava em boas mãos porque este era candidato à Presidência.
(ES/DM)

Texto Anterior: Insultos e denúncias marcam disputa no DF
Próximo Texto: Rossi aposta em críticas contra aliados de Covas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.