São Paulo, segunda-feira, 7 de novembro de 1994
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Salários consomem 71% do orçamento

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) não cumpriu sua principal promessa na área de educação: transformar as escolas da rede em escolas-padrão. Isto é, dotá-las de equipamentos, reformá-las e torná-las mais autônomas.
Além de uma reforma administrativa, faltou dinheiro. O governo Fleury aumentou a fatia da educação na arrecadação do ICMS de 21,3% (1991), para 30% (1994 e 1995). Segundo Apeoesp, o governo estaria gastando hoje apenas 23%.
Como a construção de salas de aula não é mais problema, os gastos teriam que ser dirigidos para a melhoria do ensino e da gerência. Teriam que ser obtidos recursos para melhoria salarial, equipamento didático e informatização.
Os salários levam 71% do Orçamento. Segundo Roberto Felício, presidente da Apeoesp, se o governo cumprisse o Orçamento, seria possível pagar R$ 200 de piso salarial. Não sobraria dinheiro para mais nada. Felício acha que, sem uma reforma tributária no Estado e sem combate pesado à sonegação não há saída para o problema.
Em 94, a área de informática deve receber 0,33% do Orçamento. Poucas escolas têm computadores para uso didático, nestas eles foram comprados por pais.

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