São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
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Secretário quer melhor gerenciamento de verbas
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário da Segurança Pública, Antônio Corrêa Meyer, 48, e o secretário da Administração Penitenciária, José de Mello Junqueira, 60, afirmam que a solução para o Estado em suas áreas é melhorar o gerenciamento das verbas.Meyer disse que é favorável à unificação da ação das polícias Civil e Militar para reduzir gastos e aumentar a eficiência do aparelho estatal de segurança. "Em três meses na secretaria não tive tempo para desenvolver esse programa, que é de médio prazo." Ele afirmou que não existe motivo para as duas polícias manterem órgãos paralelos que desenvolvem as mesmas atividades. Meyer não acredita que a simples contratação de policiais faça a criminalidade baixar. "É preciso treinar e equipar esses homens." O secretário da Segurança também afirmou que parte do efetivo policial do Estado é mal-aproveitado em funções burocráticas. Segundo Meyer, é necessário valorizar as carreiras policiais com melhores salários, cursos de formação e reciclagens e informar a população sobre os serviços que a polícia pode prestar. Sobre o combate à corrupção, o secretário disse que todos as denúncias que recebeu estão sendo apuradas e que os policiais envolvidos foram afastados. "Há alguns anos era inconcebível afastar um membro da cúpula da Polícia Civil." As denúncias do ex-informante José Gonzaga Moreira, o Zezinho do Ouro, derrubaram dois diretores da Polícia Civil. O secretário Junqueira afirma que criou uma comissão de controle e fiscalização das licitações dos presídios e fez uma pesquisa nas penitenciárias sobre quanto custava a manutenção de um preso em cada estabelecimento penal. "Em alguns presídios o custo mensal de manutenção do preso para o Estado é de dois salários mínimos e em outros é de cinco." Segundo ele, o Estado tem um déficit de 10 mil vagas em presídios. Texto Anterior: Mercadante e Dirceu já são pré-candidatos para 96 Próximo Texto: SEGURANÇA Índice |
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