São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Corte no fornecimento de água demora mais que previsto em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O corte no fornecimento de água nos bairros da zona sul de São Paulo, que deveria durar um dia e meio, chegou a 44 horas em algumas das ruas atingidas pelo racionamento.
Esse é o caso, por exemplo, das regiões mais altas do Brooklin, Jabaquara e Americanópolis, bairros localizados na zona sul da cidade.
"Ficamos sem água da madrugada de sábado até as 17h de domingo. Pensei que o abastecimento fosse ser normalizado às 14h, como a Sabesp havia anunciado. O resultado foi que, para cozinhar, tive que sair correndo para comprar água mineral", disse o estudante Flávio Viggiani Caruso, 23, morador de Moema.
No bairro do Jabaquara, também na zona sul, o abastecimento em algumas ruas só foi normalizado 44 horas após o corte.
"Na minha casa faltou água das 4h de sexta até a meia-noite de sábado. Não sei porque demorou tanto. Minha irmã mora a menos de 1 km daqui e lá a água voltou às 18h", afirmou Emília Ferreira, moradora do Jabaquara.
Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), é "natural" que o abastecimento demore a ser normalizado nas áreas mais altas.
"Nunca dissemos que o abastecimento seria regularizado pontualmente às 14h. Nos bairros mais altos vai demorar um pouco mais para que á água volte a cair e os moradores devem se preparar para isso", afirmou Márcio Riscala, assessor de imprensa da Sabesp.
Para desespero da população, são poucas as chances de o rodízio acabar antes do final de dezembro.
O racionamento só será suspenso quando a represa Guarapiranga estiver com 41% de seu volume normal. Ontem, o nível da represa era de 29,7%. Quinta começa o racionamento na zona leste, que irá atingir 1,6 milhões de pessoas.

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